terça-feira, 30 de junho de 2009

titica


Salto de precipícios como pássaros em vôos delirantes
Detono mísseis de titica em togados, déspotas e arrogantes
Chafurdo os olhos de poucos interessados em literatura ofegante
Sem fãs e sem o afã de perverter incautos e subumanos recalcitrantes
Em cima da corda bamba traço planos mirabolantes
Enquanto tomo pílulas mágicas com poder extasiante
Picho sobre telas clássicas e retratos imortais de gente importante
Faço a ilustre eternidade se tornar um mero instante
Provoco o caos e impressões verdadeiramente impressionantes
Roubo dignos suspiros de pessoas realmente relevantes
E sigo expelindo lorotas e merdas alucinantes!

terça-feira, 16 de junho de 2009

maldito cheiro


Tudo que andam te dizendo foi recolhido nas pocilgas por quem vacilou, escorregou e por lá ficou, isso não passa de restos, proveitos de lixos reciclados precariamente...e tudo isso só pra te impressionar, fazer pensar forçosamente, e te deixar incorrer em erro, te ludibriar do quão magnânimos e inteirados são...Malditos dublês de sociopatas...só tropeçam nos limites da percepção e nuncam ultrapassaram a fronteira entre a miséria e a glória.
Tudo isso não passa de sabedoria de latrina, de quem só leva tapa na cara da vida, e perdeu todo o tempo nessa fauna estúpida de favores funestos, em troca de moedas putanas, boquetadas, punheteiras, experts em surdir como gafanhotos do solo com máscaras grosseiras, proferindo mensagens quase encantadas-besteiras, com aquela voz quase muda que pesa como aço, mas enferruja com ácido, e irradia cores que só podem ver os urubus...insípidos egos de carbono...
E você? Vai engolir toda essa merda que te aplicam em doses cavalares? Vai perder a moral debaixo do seu próprio teto? Foda o rabo dos conceitos de antanhos e mande os pré-conceitos pra pqp. Enfie a mão em caras e parâmetros. Bata de frente com as referências. Escarre nas unidades modisticamente modeladas. Um tiro de escopeta nos tabus. Tem que criar o mundo na sua cabeça, porra!
Joga isso fora antes que toda essa logorréia te impregne, e aplica logo um bom ar nesse metro e meio de raio em que vive pra que esse maldito cheiro não fique guardado na sua franzina memória...salut!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

a meada

Procuro o fio da minha meada, ainda não achei, talvez nunca ache. Tenho gosto por algumas coisas, não muitas...nem poucas, gosto de gente, não importa a cor, conheço algumas de cór, nem todas tolero, umas sem sal, outras açúcar demais, faz mal, tem aquelas com cara de mamão morno, e outras que têm sempre aquela cara "do que que eu tenho a ver com isso" - cara-de-cú-blasé, eu enjôo. Ode às imbecis, burras jamais, longe de mim, e não confundam mula com asno, pero que conheço analfabetos ou semi, dotados de elevada sapiência, em detrimento das inapropriadas e esmeradas mentes brilhantes, phds em vazio existencial e desprovidos de experiências carne-osso-coração. Cultivo recalcitrante aversão à espertice, juro...se não houvesse possibilidade de pena de 30 anos de reclusão pra quem comete homicídio-justa causa, aniquilaria um a um todos os espertalhões que se colocassem à minha frente, pertencem à pior das laias, os que burlam qualquer tipo de fila, que aceleram o relógio pra sair antes ou retardam pra ficar mais (medição na proporção do interesse-próprio-exclusivo), os que quase te abalroam pra pegar sua tão esperada vaga no estacionamento, os que confundem o valor devolvido do troco pra ficar com mais, birra dos que falam alto no celular e ainda ficam andando de um lado pro outro, e os incôngruos que colocam aquela maldita campainha no mais alto tom pra chamar atenção e fazer pensar o quão importantes são por serem tão inoportunamente solicitados. Os que pigarram no restaurante, os que sempre têm uma piadinha ridícula pra dizer, aqueles que pensam que estão num concurso de "engraçadices" bestiais, e proferem uma após outra. Não gosto dos muito doces, dos muito simpáticos, nem dos extremamente bonzinhos, e para os pancrácios, néscios e aleivosos, não há perdão. Gosto dos descabelados, dos que pisam leve, dos impetuosos discretos, dos de semblante sério com ar desenvolto, soltos, dos que fazem questão de não ser vistos, dos que falam baixo, de preferência pouco, gosto dos saborosos, muito azedos, não amargos. Agridoces. Gosto de gente, nem sei porque, gente sente e isso é problemático. Deveria gostar só de cães, que você dana, põe pra fora e ele sempre volta saltitante, feliz da vida, com o rabo abanando e te lambendo os pés, seja você rico, pobre, burro ou mal caráter, mas não, gosto de gente, devo mesmo ser sadomaso. De uma coisa pelo menos me livrei, execrei do meu convívio a classe: frescos e deprimidos, não tenho inclinação, nem pros cultizins de merda ou academicuzinhos e seus assuntos fundamentais sobre como a humanidade é intelectualmente pobre e desprovida de 'cultura', e de como podem ser abstinentes de obras de Matisse, reprodução n° 107, ou da 139ª edição de Metamorfose - Kafka - quem não leu não pode merecer a continuidade nesse mundim fenomenal chamado Terra. E os artistas, como são chatos e enfadonhos (desculpem, nada pessoal com nenhuma persona, é a própria generalização da classe), escondidos atrás daquela arrogância disfarçada e sua tão espetacular e irreconhecida sensibilidade...asco...como se somente eles no mundo fossem dotados de profícua sensibilidade e capazes de produzir ou "obrar" algo que eles mesmos denominam arte. Esses também merecem cravejada de balas.
Meu sonho pueril era ser motorista de caminhão, não sei porque, via tanta arte e romantismo neste ofício, eu, absorta na estrada, nada a planejar, alguém diria, vá pra lá e eu iria, sem saber o que ia encontrar, só observando as paisagens indo e vindo e as gentes diversas se alternando em seus habitats...deve ser devido a algum filme que vi. Pensava também em ser detetive policial, desvendar mistérios, dar o furo, revelar pro mundo o que alguém, geralmente de péssima índole e má-fé, tentava desesperadamente esconder, isso me dava prazer, ser a justiceira "etnocida", a dama de ouro, só eu devia assitir isso. Hoje sei e digo, não esperem por justiça, cansa e dói as pernas, e quanto à esperança, é a primeira que deve morrer. Ser puta também me atraia, imagina, prazeres diversos, tê-los e/ou dá-los, e ainda ganhar por isso. Meus pensamentos lúbricos iam saciar a vontade contida e executar fantasias guardadas no armário imaginário enquanto eu armazenaria fartos reais. Dar a bunda dói menos que cativar amigos ingratos, insistir em profissões improfícuas e em amores desgraçados. Mas, não deu...criteriosa demais.
É...a vida é um pentelho no gim...nada fácil encontrar um caminho, desbravar o desconhecido e o irreconhecido nessa minha meada que está mais pro fundo do buraco negro do que pra busca da ponta do fio.

terça-feira, 2 de junho de 2009

bem qt kiss

queria muito que tivesse me visto
faceira, disposta, perfumosa
pernas pqtqro nuas, coloquei meu melhor vestido
aquele rosa que você gosta, que me diz voluptuosa
ensaiei olhar zombeteiro e discurso certeiro
justo naquele dia, de tudo daria, me-ter fácil seria
até lamberia sua velha ferida, íntima ser ia...sem ser
e você...neimmm me viu...bem qt kiss......
tudo bem, passei desapercebida, sem culpas ou des
eu sei, a gente só enxerga o que quer ver
mas não importa, amanhã de novo look
volto a ser a sempre bela boop

segunda-feira, 1 de junho de 2009

o ano que tem vem

plano se for de vôo,

se-não antecipa ofício,

sem comer o ouro-fício,

dia mo-vida dia-a-dia,

pro-já tô, pro-jeto não,

futuro distante, presente rente,

amanhã não existo, se sim insisto,

agora urge, o depois surge

come quente, no refrigerador também vence

final de semana programa-fim

pros 5 invernos, os 5 sentidos

mar-çobindo e abril o caminho

percepção, instante e instinto

bem feito julho não veio

agosto ou desgosto de quem?

mesmo assim se-tem-brochove?

tem o que? nada, só dores, de nove(o)mbros pesados

dolo(a)res me falta, nem mandou flores, cotovelo doeu,

prima-vera morreu, deixou planos seus

se for, boa sorte, se vier, vem bem rindo

inventa esse destino, ouve o sino e faz seu hino

ferver eira com beira, sentir o frescor da macieira

malditos vistos despidos

futuros mal passados sem sal

tráfego intenso, entupir o porvir,

chegar e voltar, vagas não há, todo o mundo está lá

se fostes pr'além, voltastes pr'aquém(?)

ja foi tarde, fica em pé

assanha-te e pega senha

chega antes e assenta

o ano que tem vem

se somente vê além

aqui não estava neim

perdeu o sol poente, não viu o sol nascente

retarda(r)do projetista

sonha bem com o que não tem

gracias, saúde, amém