sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

foda

os mesmos artifícios e joguinhos usados pra conseguir sexo, mata o amor

acabam sonhando demais por viver pouco

vivem contando dinheiro antes de dormir

fazem da vida uma roda viva na selva sem saída

1 grama de pó deveria ser revertido em doação para vítimas da discórdia

fumam cigarros e se auto flagelam

somam anos de sofrimento e acumulam nicotinas

reclamam da vida e redimem a inércia com doses de vodka e pai de santo

ausência do amor em prol da presença do metal

eu queria amar, ser amado, mas sou muito ocupado

foda a todos e foda-se os outros

6 comentários:

  1. Essa visceralidade às vezes assusta, funciona bem como um choque ou murro no queixo. Não deixo de vir aqui e tomar na veia.

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  2. Salomé, você bate forte quando quer, ui!

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  3. Bate mesmo, bate que a gente fica mais fã.

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  4. A vida às vezes diferente se repete em algumas coisas. Ilusões, desilusões, esperanças, sobras. A troca e o trôco. Assim, vamos conquistando a experiência que parece não servir de nada. Os olhos e o corpo ainda falam mais alto. Levantamos a saia, baixamos as calças, nos damos. Quando parece certo não desejamos mais. Quando parece errado não desejamos mais. O tempo às vezes leva tempo. São as provas, as dores, os amores, os eternos, o dinheiro, o trabalho, os enganos. Que drogas! Buscamos o amor que teima fugir de nossas vidas. Queria também ser amado. E pra isso eu tenho muito tempo... Mas às vezes concordo que jogamos tudo ao léo.

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