Enquanto todos no universo estão olhando e admirando o ícone do momento - semi-deuses provisórios - lamberem os beiços ao receberem estatueta de bronze falso (geralmente de péssimo gosto - que certamente vai ocupar lugar atrás dos livros da estante), eu estou olhando pro lado "errado", pra margem, só pra variar. Estatueta - homenagem - o prêmio, declarado de suma importância pelo seu próprio criador, e que, a priori, intenta revelar a nós, pobres mortais, o quão magnânimo e hieraquircamente superior é o premiado indivíduo por ter perseguido o conseguido objeto, e claro, alçado vôo tão refulgente.
Sinceramente - vaidades à parte, considerando os métodos para (sobre)vivência neste atol pós-moderno da sociedade contemporânea neo-liberal mercadológica globista (plin-plin)...o ostracismo me parece mais gratificante...e me leva a suprir inexplicável e relevante atração pelos excluídos, os exceptuados, os marginais...em detrimento dos bem-sucedidos, premiáveis, publicáveis, de "qualidades notórias".
Sinceramente - vaidades à parte, considerando os métodos para (sobre)vivência neste atol pós-moderno da sociedade contemporânea neo-liberal mercadológica globista (plin-plin)...o ostracismo me parece mais gratificante...e me leva a suprir inexplicável e relevante atração pelos excluídos, os exceptuados, os marginais...em detrimento dos bem-sucedidos, premiáveis, publicáveis, de "qualidades notórias".
É que esse lance de aceitação - reconhecimento - admiração - idolatria - popularidade - gosto (nada) espontâneo da massa, do júri, votantes, nunca me convenceu, sempre soou mal aos meus encerados ouvidos, não adentra o meu lobo frontal. E a idosa dúvida sempre vinha permear meu desajustado ser: será o cujo dito merecedor? apareceu, mas cresceu? possível, mas improvável(?). E minha CPU logo iniciava a busca do conceito de conspiração e suas teorias fantásticas e detonava as ogivas das divagações infrutuosas entre eu e eu mesma...
Contudo, investigar as reais aptidões ou adjetivos dos concorrentes a prêmio, cargo, bibelô, destaque no palco, ou, querer diagnosticar a postura dos togados, eleitores, quase-deuses - seres de notório saber e índole indelével - mais que capazes de julgar e decidir pelos seus eleitos, os melhores, os vencedores, os "bons", não me importa, não me atiça, e não altera o meu investimento no mercado de ações. Mesmo porque (ainda) não tenho o privilégio de perder meu escasso tempim com assuntos escusados, e nem posso abrir mão do meu tão estimado e cultivado ócio específico - fundamental para minha sobrevivência. (Será que nossa estadia no detonado planetinha Terra dura tempo suficiente pra eternizar os atuais, as mentes brilhantes contemporâneas?).
Aliás, não seria eu competente para tal missão tão substancial. Eu, híbrida, o paradoxo de mim mesma...sem destaque no palco, sem estatuetas na estante, sem fãs, sem laias, sem inúmeros seguidores no blog ou twitter...confesso que, da infância à perversão, sempre perambulei pelo mercado dos rejeitados, da exceção...a alcunha de highlander adquiri com louvor...meus pais que o digam...tadinhos...preocupavam-se com minha excêntrica vidinha (anti) social..."essa menina não tem um milhão de amigos, essa menina não quer ir aos débuts das coleguinhas, não quer participar dos concursos literários e de matemática, não vai ao clube aos sábados à tarde, brigou com a freira do catecismo...o que a gente faz com ela?..."
Hoje lhes e vos digo...dê a ela(e) "bons" livros e deixe que conviva em "más" companhias...
* aos desavisados e pais preocupados: existem metáforas no texto