terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

a arte de ser salomé


minha arte é utopia incendiária da esperança

eu busco meu ser e a arte do não ser

minhas fantasias são sonhos surreais verídicos

eu aposto todas as fichas nas minhas quimeras

não tenho nenhuns pudores, só quero que se faça amores

eu pago à vista pra ver o invisível onipresente

eu não te pego na saída, eu te pego mesmo é na entrada

eu entendo os que me copiam e fingem não me ver

eu garanto minhas verdades e coloco o dedo nas feridas


não peço aquilo que me pertence

tomo pra mim as dores do universo

não posso ser feliz vendo o mal do mundo

infelizes são sujeitos incompreendidos e incompreensíveis

o acaso me parece o destino improvisando

só me faz falta os que estão presentes

eu nego até a morte a sorte do merecimento

não barganho sentimentos, favores ou amores


realidades são menos perceptíveis aos olhos do que ao coração

a minha moda é a transgressão dos modos

não vim nesse mundo pra me distrair...

...talvez não seja certo, mas nem pra ser feliz

não tenho palavras diante a ignorância

eu morro todos os dias e aceito todos os finais

nenhum mal perdura pela eternaidade

há vida além da sorte 

há amor além da vaidade

há verdade além da realidade