segunda-feira, 1 de junho de 2009

o ano que tem vem

plano se for de vôo,

se-não antecipa ofício,

sem comer o ouro-fício,

dia mo-vida dia-a-dia,

pro-já tô, pro-jeto não,

futuro distante, presente rente,

amanhã não existo, se sim insisto,

agora urge, o depois surge

come quente, no refrigerador também vence

final de semana programa-fim

pros 5 invernos, os 5 sentidos

mar-çobindo e abril o caminho

percepção, instante e instinto

bem feito julho não veio

agosto ou desgosto de quem?

mesmo assim se-tem-brochove?

tem o que? nada, só dores, de nove(o)mbros pesados

dolo(a)res me falta, nem mandou flores, cotovelo doeu,

prima-vera morreu, deixou planos seus

se for, boa sorte, se vier, vem bem rindo

inventa esse destino, ouve o sino e faz seu hino

ferver eira com beira, sentir o frescor da macieira

malditos vistos despidos

futuros mal passados sem sal

tráfego intenso, entupir o porvir,

chegar e voltar, vagas não há, todo o mundo está lá

se fostes pr'além, voltastes pr'aquém(?)

ja foi tarde, fica em pé

assanha-te e pega senha

chega antes e assenta

o ano que tem vem

se somente vê além

aqui não estava neim

perdeu o sol poente, não viu o sol nascente

retarda(r)do projetista

sonha bem com o que não tem

gracias, saúde, amém

3 comentários:

  1. certamente no futuro não tem mais vagas, e no presente todo mundo ausente, belo poema, como sempre Nina

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  2. Carpe diem, o futuro a Deus pertence, e viva o presente!

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  3. pro-ja tô, pro-jeto não, adorei isso e vamo que vamo, vida após dia

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