quarta-feira, 15 de abril de 2009

Escrita para não escritores

Não vou escrever por obrigação, com hora marcada, para satisfazer alguém, para aparecer, ou para causar impacto. Escrever, pra mim, é prazer (e ler também deveria ser)!
Aliviar a tensão, desabafar incontinências (re)traídas, exercitar a imaginação, libertar o pensamento amarrado, soltar a língua muda através dos dedos que desenham a palavra.
Gosto de brincar com as palavras. Escravos de Jó. Uma aqui, a outra lá. Essa completa esta, que unida àquela forma aquela outra, e colocadas aqui e acolá acabam por dizer aquilo. E transmitem, bem ou mal, a idéia. Isso me importa, a IDEIA (agora é assim que escreve, sem acento). Não tenho comprometimento nem mesmo com a palavra. Reforma ortográfica, atualizações da gramática. Ah, não! Também não! Só o tempo me adaptará. Eu não vou fazer força nenhuma. Prefiro utilizar meu tempo lendo Machado de Assis. É, porque Machado é fundamental para "limpar" a palavra, as concordâncias, o vocabulário. Com sua escrita de antanhos, sem reformas.
Escrevo, logo existo! Escrevo, logo penso! Escrevo, logo vivo! Escrevo, e pronto! Não escrevo para ser aceita, para ter adeptos, seguidores ou leitores. Quem precisa de leitor é escritor. Profissional! Batuta! Gente que sabe ganhar a vida com a escrita. Eu não! Não sou metida com isso - não compro-metida. Nem comigo mesma, muito menos com você, que lê agora isso aqui.

2 comentários:

  1. Nina, tudo bem que vc não ta nem ai pra leitores, eu gosto do que vc escreve...mas não precisa bater na gente assim.

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